sábado, 19 de janeiro de 2013

A Inércia dos Patrícios


Mesmo sendo descrita como um dos três assuntos a não serem discutidos, a política possui uma grande importância para toda nossa população e ao futuro político nacional. Ao desconsiderarmos ela, seguimos para o caminho da alienação e reforçamos a marca que o brasileiro possui do “pior que tá não fica”.
 É fato, estamos acomodados com o governo que temos e com essa política nem sempre tão limpa que nos é apresentada. Perguntamo-nos: ainda vale a pena crer nela? Obviamente que sim, pois é de extrema importância valorizar a política que rege nossa nação e que, acima de tudo, rege vidas. Sim, pois é devido a ela que muitos brasileiros passam fome, mas é também por meio dela que veremos a pobreza ser erradicada. É preciso que tenhamos consciência de que propor um debate e supostas soluções para essa aflição nacional é pura utopia, pois estamos todos acostumados com essa mesma condição de país. Todavia, esse desinteresse não nos torna, necessariamente, apolitizados, mas sim nos caracteriza ainda mais como uma população extremamente inerte frente ao seu governo.
Ergamos nossas cabeças e tiremos nossas vendas porque estamos deixando passar diversas oportunidades para transformar nossa nação em algo que, ao menos, possua alguma participação pública; façamos nossa democracia. Porém, continuamos nossos dias normalmente, como se não houvesse política e embora haja a habitual indignação (passageira) perante o aumento de impostos, o caixa-dois e o mensalão, seguimos estagnados. Não há outra solução para a política de nosso país, e o apostar ou crer nela já não é mais o essencial. Não, temos de ver que o ápice da transformação política será no instante em que despertarmos para o nosso povo e abandonarmos essa postura negligente diante das eleições, dos plebiscitos e de todas as outras atividades políticas que possibilitam o contato com a sociedade.
Propor soluções e teorias é extremamente simples, mas mover uma população inteira não o há de ser. Romper a barreira da inércia e do comodismo é o principal desafio daqueles que buscam transformar a situação política brasileira e por isso temos de ser cuidadosos e precavidos diante de nossos patrícios, pois, infelizmente, basta uma palavra mal formulada e uma possível mudança sociopolítica cairá (novamente) no esquecimento, ficando apenas no papel, da mesma forma que ocorre com todo o resto no Brasil. Que, quando crescermos como cidadãos, desempenhemos a nossa função: lutar pelos nossos direitos. 

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