domingo, 14 de outubro de 2012

Calcifica e depois adocica

Eu não sirvo pra poesia
A prosa é minha amiga
Então por que componho versos?
Pela beleza?
Nem sonoridade consegui colocar!
Ó tristeza!
Inspiração, invade-me e toma as rédeas
Injeta nesse cérebro - em curto circuito - um pouco do óleo;
O óleo da criatividade!
Aproveita e ensina-a a amar,
Para que este coração não seque nem finde pela falta de ar

Caranguejo

Lamento pelos meus modos.
Lamento não conseguir te mostrar o que há de bom.
Lamento lamentar tanto nos teus ouvidos.
Lamento minha ignorância sobre o amor.
Lamento meu egoísmo e minha falta de empatia.

Do meu melhor restam apenas gestos bruscos e palavras ácidas.
Lamento ser esse ser; ser eremita provida de casca e garras.

Para alguém como eu.

Nosso principal problema é cansar de tudo muito rápido; meu principal problema. Ficar se reinventando, não para agradar aos outros, mas para se sentir renovada, é um saco. Um mal necessário para quem sente que está faltando algo; para alguém que procura coisas novas; para alguém que cansa de si mesmo; para alguém como eu.

Ao Inferno

Dane-se que você não goste!
A sua opinião já não tem mais importância.
E aí se eu faço algo errôneo?
Mais vale a tentativa.

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